São simples sopros que libertam pequenas palavras que me habitam

04
Mai 11
da net

Solta-se um sopro

que alcança a vida

corroída e liberta

fantasmas disformes

que repousam um colo,

uma alma,

um caminho,

um prado.

De veludo, o ser

ausente de escombros

e visitante interno

numa valsa em si,

foge.

Prende-se o sopro

entre asas brancas

moldadas em rios e

por estilhaços...frágeis

de essência.

 

autora: Eu

soprado por soprosdemar às 12:47

24
Fev 11

 

da net

Vivemos por sinais intermitentes e acreditamos que somos humanos contínuos embora que, por vezes, deixemos de respirar e acreditar.

Corremos por ele e por aquele, corrompendo o nosso Eu e entregamos à noite a pouca vida que nos ilumina. Libertamos confusões que afinal são o nosso unico revestimento. Destinamos sobre os outros em buscas do meu e elevamo-nos ao apogeu efémuro.

Esquecemos a importância do fixar de um olhar e o baile...o baile dos lábios que dançam quando chegamos. Morremos sem finalidade a cada minuto e há quem aguarde.

Sós, somos Um mero pesar que desgasta brilhos de diamantes e que em voltas e revoltas protestam em muros mas contra si, despindo extratos de cinzas. Criam-se construções escuras com ilusões de luz e iludem-se aqueles que em si ainda não habitam.

 

Para mim, são singelos os passos das pessoas que caminham por passeios incertos.

Em mim, construo futuros benditos porque assim vivo em liberdade, não a tua mas a minha.

 

Autora: eu mesma

 

soprado por soprosdemar às 13:18
música: The Blower's Daughter

12
Mar 10

da net

 

Sem terramotos ou tempestades, desabaram os grãos de areia que, em esperança, germinavam no meu interior. Da imensidão universal, senti-me pesada de tão vazia que estava como se uma âncora me aprisionasse e impedisse de esquecer o sucedido.
Transplantei o meu coração para braços mais firmes mas a dor não atenuou. Sozinha, chorei ciclicamente por tudo e por mim, por ti e por mais alguém. Não por mim, regressei aos poucos a trilhar o mesmo caminho, ansiando por desvios que encaminhem os meus pés ao renascimento da essência que me abandonou.
Descobri o que sempre soube… descobri que preciso do meu coração e de mim e só eu poderei adulterar os sonhos e criar sorrisos.

autora: euzinha

soprado por soprosdemar às 16:20
sinto-me: a renascer
música: anyway

29
Dez 09

DE recadinhos

 

De vida inconstante

Sofrida e abençoada,

Liberta-se a vontade

De beber no teu corpo

Em trilhos esquecidos

Por gotas de luz.

Entre leves chamas

Percorro a alma

Escura e inoportuna

De quem não ama

E luta com paredes

Numa vontade que perdura!

 

autora: EU

 

soprado por soprosdemar às 13:12
música: i always love you
sinto-me:

15
Dez 09

da net

 

Em ti mergulho

e por minha alma perdoo

o imenso da calma,

da dor e paixão.

Percorro linhas

desnudadas de voos

E ausculto essências

de prosas e sonetos.

Em ti escrevo palavras

de hoje e ontem,

por inconstantes fados

e marés vazias.

Em mim penetras

maresias de vida,

solidões de amor

nesta eterna despedida.

 

 

Autor: eu

 

soprado por soprosdemar às 22:35

23
Nov 09

 

Ontem sonhei com uma repleta floresta de duendes que corriam atrás das fadas. Vi anões a repousar à sombra de estrondosos ulmeiros.
Queres saber uma coisa?
Ontem sonhei com um mundo de cores sem fim, onde meus pais trabalhavam e o único som que escutava da cozinha, eram beijos roubados e não palavras sem sentido que acalentavam as diàrias discussões.
Ontem...
Sonhei com risos de crianças que brincavam, dançavam e mergulhavam das canoas que navegam pelo Gana.
Caminhei por terras quentes montada numa girafa e em cada passo trilhado, multiplicava o pão e os grãos de arroz.
No país do sol Nascente, estendi a mão a cada criança escondida sob máquinas de costura e todos juntos demos a volta ao mundo enterrando lamentos e lanças. Pelo Mundo deixamos abraços, palavras e beijos… descobrimos que a maldade apenas existe onde há solidão.
Queres saber uma coisa?
Ontem, após muitos sonhos sonhados, vi-te ao meu lado: os dois abrigados pelo teu colorido guarda-chuva à espera que o céu chegasse à terra! E, nesse mero instante, acreditei nas pessoas, num mundo de amor e soube que era afortunada, simplesmente porque estavas a meu lado debaixo do teu colorido guarda-chuva.

Autora: euzinha para Fábrica de Histórias

 

soprado por soprosdemar às 22:26
música: Caro Gesu Bambino - Andrea Bocelli
sinto-me: curiosa

17
Jul 09


da net

 

Para hoje e amanhã

Rindo ou chorando,

Aqui estou

Para ti alma perdida

Para mim, serena flor.

 

Aqui estou

A dançar entre espinhos

E a abraçar o sol

Para ti, sombra constante.

 

Sem recompensas ou elogios,

Vazia de fama,

Aqui estou

Alma que vagueia espectante.

 

Atravesso a inóspita selva,

E de branco 

Aqui estou...

Sentada na lua.

 

Aguardo-te, ser que vibra

Protejo a quem não vive

E para todos...

Aqui estou!

 

 

soprado por soprosdemar às 23:36
sinto-me: serena
música: a que canto
tags: , ,

29
Mai 09

retirada da net

 

Meu coração foi desenhado
Pelas cores que a memoria permitiu,
Traços definidos e incertos
Como rios de azul e penumbras de negro.
Do tilintar da caixa de metal
Renasce a maresia do turquesa
De vidas vividas em paraísos
E encontros de fogo laranja!
Dançam entre o branco e o azul,
Quem nunca para trás deixou,
O dourado de um dia de Outono
E o vermelho de um pulsar.
Vagueiam pela paleta de cores
Desbotada de esperança  
Passos de ametistas e topázios,
Pingos de essência esverdeada.
Num creme sussurro,
Como ultimo mudrá sentido
Cumprimento o Sol
De amarelo...amarelo esbatido.
Salto da Lua para as estrelas
Escrevo equações e destinos,
Desgasto a energias dos chacras 
Mas... de que cor bate o coração?
Embalo a transparência
Ingénua do sorriso de criança
Que abraça o Céu e a Terra
E reza...com terços de colibris.
 
Autora: EU para Fabrica de Historias

 

soprado por soprosdemar às 12:09
música: A lua que te dei - ivete sangalo
sinto-me:

23
Mai 09

retirada da net

 

 

É heroína nos tempos ancestrais
Prisioneira da sua sombra
Incompreendida e lutadora,
És tu heroína da noite e do dia.
Como ontem e hoje,
Entre abraços e afazeres,
Serenas guerras e semeias perdão
Tens um mundo ao teu colo
Na mente rejeitas a dor, a desilusão.
Passeias orgulhosa
Os sonhos do futuro
Apelando aos deuses presença
Nas alegrias e tristezas.
Salvas pequenos mundos,
Sem raças ou religiões,
Afagas rostos perdidos
Encontros entre solidões.
Esqueces turbulências matinais,
Retratos partidos e telas de cortinas.
Renasces, tal Fénix
Ao contemplar a imensidão
Do pôr-do-sol que cresce
E reside no meu olhar.
Embalas retratos de lembranças
Em recentes gargalhadas
Recordas no presente o passado
E vives comigo um novo amor.
És tu MÂE, heroína de sempre
Que atravessa guerras,
Edifica esperança,
Partilha calor sem promessas.
O segredo desta energia
De amor incondicional
Não é de ter apoio numa queda
Mas sim de recordar
Que quando se cai, há um novo despertar.

 

Dedicado a todas as Mães de ontem, hoje e amanhã criadoras de uma sociedade de partilha e sentimento.

                                                       Escrito por mim para fabrica de historias 

 

soprado por soprosdemar às 00:19
música: Eskimo - Damien Rice
sinto-me: materna
tags: , ,

11
Mai 09

retirada da net

 

 

Um minuto.
È suficiente um minuto, apenas um minuto para cegar e afastar-nos da humildade da nossa jornada.
Num minuto escuto devaneios e insultos para quem um acto o ofendeu, observo lamúrias e tristezas de quem acordou insatisfeito com o espelho ou desejos de beleza, de quem se mascara para esconder-se.
De que vale escrever sobre a perda de um emprego, uma viagem, casa ou carro, de um familiar ou de um amor quando estamos perdidos?
Porquê cortar lenha senão vemos a fogueira? De que vale percorrer mapas ou escutar gps se perdemos a nossa bússola?
Porquê chorar por medos que chegarão amanha, se o importante é o sorriso de agora?
DE que vale planear o futuro se talvez, quem sabe (?), no próximo minuto percorrermos as escadas da Temperança?
Há quem busque um tesouro e descure a importância do caminho percorrido até ele e quem se canse em descobrir como regressar ao passado.
O mundo morre ao seguirmos a sombra de quem nos rodeia, construindo passos em areias movediças. Num minuto, destrói-se a sociedade por perdas de afecto e lacunas de emancipação. Num minuto, desabam as escadas da personalidade e ausculta-se a solidão mas... em segundos vagueiam seres de luz que te procuram.
Procuro pelas perdas que revelam e afago lágrimas de quem ao meu colo desabafa. Procuro por quem vive e não por quem apenas respira.
Procuro para ofertar a beleza de uma manhã de Natal e …
Procuro quem encontrar, hoje ou amanhã talvez, o brilho do esquecimento e a ingenuidade de um olhar.
 

autora: eu escrito para Fábrica de Histórias

soprado por soprosdemar às 00:46
sinto-me: Encontrada, lol
música: Awake - Josh Groban

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