Por vezes é assim… por vezes escuto e vejo reportagens noticiosas que estagnam o meu pensamento de tão incrédulas. Esta intitula-se de :” è considerado crime um filho levar uma palmada”. Juro que quando li isto pensei que era uma anedota, mas o desenrolar da notícia provou precisamente o contrário.
Por amor a Deus!!! È sem dúvida a frase proferida sem controlo. Desde quando que levar uma merecedora palmada, ou duas ou três, deverá ser considerado crime??? Na minha opinião, crime é permitir o crescimento de crianças sem educação, valores e objectivos realistas; sem carinho, amor e respeito! Estas lacunas é que deveriam ir a julgamento. Quem ama repreende e beija, quem ama corrige e ensina, quem ama castiga e abraça, quem ama dá uma palmada e também a sente.
Não sou a fazer da violência física, mas convenhamos que uma palmada ou até mesmo um estalo, não é uma agressão. Qualquer dia “ ir para cama sem jantar”, “ ficar sem TV e PSP ou telemóvel”, entre outros mais, será também adjectivo de delito.
O poder da palavra parental está a diminuir: os filhos refutam cada vez mais precocemente e mascaram os castigos incutidos. Será que os pais têm medo? Recuso esta hipótese, simplesmente porque ser mau demais. È suficiente o retrocesso dos educadores e professores, se a esta lista juntarmos os pais… o holocausto estará próximo. :)
Será que estão a criar príncipes e princesas de fino cristal? Pois bem, se a resposta for afirmativa e consentida, penso que só me resta alertar para que observem a nossa sociedade… abra os olhos e permita-se ver para lá do mundo irreal que criou à sua volta e observe as consequências desta indiferença.
Os pedopsiquiatras afirmam que violência induz violência. Não posso deixar de concordar, mas repito: desde quando uma palmada ou um estalo é considerado um acto violento? Adapta-se uma lei só porque alguns países o fizeram? Não! A resposta não é “copiar” as acções de outros países mas sim com “ o ser humano merecer respeito e deve-se começar logo em criança (…) e a implantação dessa lei em países como a Suécia alerta para tal”. Bravo! Ao ouvir tal até quase acredito piamente na justificação, mas repentinamente, recordo que se essas directivas fossem íntegras, Portugal seguiria outras normativas para continuar a respeitar e proteger qualquer cidadão… não acham? Ainda há quem espere pelo “consentimento”, que deveria ser apenas individual e não patriota, de casar com uma pessoa do mesmo sexo ou até mesmo poder desfazer um casamento sem qualquer remissão de culpa e desgaste físico e emocional para as crianças ao enfrentarem um litigiosamente!!
Serei a única a cruzar-me com adolescentes rebeldes e malcriados, revoltados por serem mal-amados? Esta nova-velha geração está a inquinar os alicerces que os nossos pais e avós tentaram erguer com tanto suor e amor.
Erguem-se frescas vozes apenas de queixas, revoltas e pedidos de facilitismos. Não se vê lutas pelo labor mas sim pela e para a preguiça.
Agradeço pelas excepções e por puder conhecer inúmeras…coincidência: todos levaram palmadas!!
Ainda não sou mãe e talvez seja melhor não ser, mesmo com o jeito que tenho para com elas. Porquê? Não me apetece ser acusada de crime visto saber que não hesitarei em dar uma boa palmada se tal for necessário.
autora: eu!