Sem terramotos ou tempestades, desabaram os grãos de areia que, em esperança, germinavam no meu interior. Da imensidão universal, senti-me pesada de tão vazia que estava como se uma âncora me aprisionasse e impedisse de esquecer o sucedido.
Transplantei o meu coração para braços mais firmes mas a dor não atenuou. Sozinha, chorei ciclicamente por tudo e por mim, por ti e por mais alguém. Não por mim, regressei aos poucos a trilhar o mesmo caminho, ansiando por desvios que encaminhem os meus pés ao renascimento da essência que me abandonou.
Descobri o que sempre soube… descobri que preciso do meu coração e de mim e só eu poderei adulterar os sonhos e criar sorrisos.
autora: euzinha